sábado, 15 de outubro de 2011

Um dia frio...


Hoje o dia amanheceu cinza e frio... O silêncio é quase absoluto:
As motocicletas que usualmente passam gritando como loucas ficaram em casa.
Quem sabe estão tomando um chá quente.

Os meninos não estão à mil no gramado de barro correndo atrás da bola.
Devem estar jogando video game na sala com os amigos.


O mundo parece ter diminuído a velocidade,
E os Céus parecem me enganar, pois não distingo o tempo:
É já chegada a tardinha ou ainda transcorremos a manhã?


Pra falar a verdade prefiro não descobrir!

Em dias assim eu guardo o relógio de pulso na gaveta,
Ponho os relógios de parede contra a parede e fico longe do celular...

O frio do dia - ou da tardinha - não consigo precisar,

Traz consigo uma saudade não sei de que, não sei por que, ou sei... Não sei!
A Internet parece lenta e chata.
Preciso tomar alguma coisa ou movimentar os neurôneos,
Pois quando paro no tempo não consigo evitar os pensamentos que me remetem a uma viagem cronológica e espacial de mim - dentro de mim - de tudo que aconteceu e tudo que está por vir...

Me vejo criando eufemismos ou novas nomenclaturas para ações conhecidas em demasia.
Talvez seja meu desejo e torná-las politicamente corretas,
Pois os termos, às vezes, cumprem bem esse papel:
O de tornar coisas politicamente corretas.

É... Faz frio de verdade lá fora.
Faz frio aqui dentro t a m b é m.
Quente apenas meus pés calçados com as meias que mamãe me deu antes de vir parar aqui.

Já sei!
Vou estudar, pois segunda-feira terei prova!

(Sobrancelhas franzidas, mãos ao queixo, como se refletindo)

Não vou mentir...

Na verdade eu não senti absolutamente nada disso, pois aqui fez sol "de rachar".
O calor chegou a ser insuportável...

Na verdade alguém sentiu tudo isso por mim.

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