Me encantam pelo fato de notarem o abstrato, ou pelo menos tentarem.
São amantes dos animais, das gentes e da natureza.
Para eles, um nascer do sol é bem melhor do que um campeão de bilheteria no cinema.
Eles não se exibem com produtos high tech. Pelo contrário: em seus momentos de prosa denunciam o consumismo exacerbado e desnecessário sob qual vive nossa contemporaneidade tão ironicamente "evoluída".
Gosto deles porque se riem, e causam risos, com uso de onomatopeias ridículas, como a de um cachorro velho chapado remoendo um "uaaau, uau, uau, uau..."
E como se riem com essa babaquice!
Eles me põem em constantes crises pois não economizam no dizer, e isso me ajuda a repensar minhas velhas ideias formadas sobre tudo.
É... Eles não são de um todo polidos.
Etiqueta é aquilo que carregam na parte de trás da camisa. O resto é comédia.
Não se consegue ter uma conversa séria de gente grande com eles.
São subversivos o suficiente para transformar TUDO em piada... Até a própria vida!
O que querem eles se não a liberdade para pensarem em paz?
Ouço-os gritando com toda a força da alma que estão vivos e sentindo seja lá o que for!
Emoções não são selecionáveis. Elas aparecem, os pegam de surpresa e os fazem sentir como se fossem seres humanos; demasiadamente humanos...
Ah, como são admiráveis, respeitáveis e agradáveis estes, cujos caminhos acabaram por cruzarem os meus, onde a sorte me fez chamá-los de "amigos".
Lyra Richard
Nenhum comentário:
Postar um comentário