sábado, 4 de agosto de 2012

Sendo quem você não é... (Ou a estupidez maior)


Tiras do Snoopy
 
"E quantas vezes fazemos tanto isso para sobreviver que esquecemos o que deveria ser mantido vivo. Leiam "Retrato", de Cecília Meireles!!"

Essa foi uma postagem de um de meus amigos e primo, o filósofo Antônio Souza,  ou apenas Tony, no Facebook.
O interessante é que eu já vinha pensando em algo do tipo desde ontem, e acabei chegando a conclusão que:

Não podemos deixar que nossos conceitos políticos, filosóficos e religiosos se tornem preconceitos e estraguem o que há de mais belo entre os seres pensantes: a amizade autêntica e o respeito.

Amigos autênticos são aqueles que discutem contigo, chegando, às vezes, a alterar o tom de voz. Isso mesmo: eles gritam!
São aqueles que "colocam sal na ferida", mas que o fazem com todo respeito e amor.
Às vezes chegamos a odiá-los por discordarem de nós, pois ingenuamente pensamos que estão nos traindo.

Porém, o amigo que apenas afaga e dá "tapinha nas costas", é na verdade um grande propenso a traição e omissão, pois não consegue exercer a verdade plenamente.
Além de não exercer a verdade, torna-se um ser mentalmente pobre. E isso, é lastimável.

Em  Mateus 7, versículos 01 e 02 Jesus Cristo admoesta:
 
"Não julgueis, para que não sejais julgados.
Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós."

Na revolução francesa, Voltair brinda-nos a máxima:

"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las."
Em resumo, não há nada mais importante que buscar arduamente o exercício da tolerância, e nos colocarmos no lugar do "acusado", em vez de procurarmos ver apenas seus defeitos.

Agora vamos de Cecília Meireles:

Retrato 
"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"

Cecília Meireles

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