Há dois velhos amigos que sempre me escreviam algo. Eles me encaminhavam e-mails interessantes, poemas, links de filmes, fotos de passeios, dores. Há muito não recebo respostas para meus e-mails. Um deles vive longe. É austríaco e nem seu número residencial eu tenho.
O outro é daqui, mas nenhum dos números atende.
Tentei enviar-lhe meu novo e-mail, mas recebi uma mensagem automática dizendo que não era possível entregar meu e-mail para seu endereço.
Certamente seu correio deve estar desativado...
O motivo pelo qual eu não sei. Será que ele mudou de endereço? De país e endereço? Morreu?
Senti uma certa tristeza profunda e melancolia nesta tarde quente de sábado. Lembrava de nossos diálogos cabeças e malucos, assim como lembrava dos cartões postais de tantas partes do mundo
que o Kürt me mandava, com mensagens de carinho suas e de sua bela esposa Elizabeth.
Deveria ter pego o e-mail de um de seus filhos ou pelo menos o número da casa deles...
Parei pra pensar em meus melhores amigos do passado e percebi que meus amigos de 5/10 anos atrás estão muito distantes, pelo menos boa parte deles, quer seja geograficamente ou intimamente.
Nossos valores foram mudando no decorrer da vida, e acabamos por nos afastarmos por não mais compartilharmos gostos ou pontos de vista em comum. Mesmo assim eu sinto saudades deles. Mas fico feliz por saber que novos amigos apareceram. Novos rumos também...
É... a vida é assim: um eterno ciclo de encontros e desencontros, não só no que diz respeito aos laços de amizade, mas de nós mesmos. Nos desencontramos e encontramos quase que diariamente.
Estejam onde estiverem, oh saudosos amigos, que estejam bem!
Estejam onde estiverem, oh saudosos amigos, que estejam bem!
Gleydson Góes
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