terça-feira, 6 de novembro de 2012

A lirinha


O lirismo de tu insanidade faz-me sentir algo muito peculiar, diferente e estranho como nós...

Adoro ver refletida na lua a castenhisse de teus belos olhos de criança perdida no mundo.
No mundo a fora vai tua magreza esfomeada por cumes, picos, vulcões em atividade, cavernas asfixiantes, estradas esburacadas, caminhos cheios de espinhos, tormentas, terremotos, tempestades, el niño, la niña, confusão... Não te poupas nunca.

Assim és tu: uma combinação de fragilidade e audacidade extremas.
Um amargo chocolate branco com pimenta.
A poeira que  vai sufocando-me a garganta suavemente...

Acho que sou a lenta lágrima que desliza discretamente pela escultura de arte que teimam chamar de "teu rosto", e incerto da possibilidade de rever-nos outra vez, me despeço, oh poesia humanificada, lembrando teu cálido abraço na escuridão de meus mais profundos devaneios. 

Avec beaucoup de respect,

Gleydson Góes

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