segunda-feira, 19 de março de 2012

Febre

Acordei assim: morrendo de febre.
Não sei se a garganta estava inflamada em virtude da forte febre, ou se a forte febre se deu em virtude da garganta inflamada.
Fui dormir numa boa ontem. Não tomei banho, estava meio tonto, sentia-me vertiginoso.
Acho que o problema foi o ventilador na velocidade máxima. Passei a noite toda levando vento na cabeça. Ou foi nos pés? Não me lembro em que posição eu estava deitado, se de cima pra baixo ou de baixo pra cima...
Além do mais, acho que as janelas abertas podem ter agravado o frio. Eu e minha mania de deixar as janelas abertas. Já acordei todo molhado por causa disso. Mas é que a Lua tem algo extremamente atraente. Não consigo não deixar as janelas abertas. Vira e mexe entra um bicho voando, chega a ser engraçado e assustador ao mesmo tempo. Mas não há problema, tenho uma lata de inseticida debaixo da cama.
Como minha garganta estava doendo muito, passei o dia todo mudo. Nem água descia. O jeito era me calar. Logo eu que vivo fazendo palhaçadas o tempo todo. Gosto de ver as pessoas sorrirem; é animador.
Ao chegar em casa, depois de um dia todo em silêncio, percebi que talvez as palhaçadas que faço não sejam para as pessoas serem felizes, mas sim uma forma de sobrevivência, quem sabe. Ficar em silêncio implicou pensar... 
Pensar demais é sempre um perigo.

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